quarta-feira, 29 de julho de 2009

Anti Herói Americano

Sinopse tirada da internet:
"Harvey Pekar trabalha como arquivista num hospital, emprego perfeito para o obsessivo-compulsivo funcionário. Em casa, ele passa o tempo lendo, ouvindo discos e escrevendo artigos sobre jazz e literatura. Encorajado por Crumb, um amigo desenhista, Harvey decide criar sua própria história em quadrinhos. A revista traz fama e o encontro com a alma gêmea Joyce. Eles se unem para formar a mais improvável das famílias. "

Comentário:
Um personagem mal humorado, doente, pessimista e de mal com o mundo. É com essa pose de perdedor que temos Harvey Pekar desde a primeira cena, com ele ainda criança. De tão cético e único, sua vida é contada em uma revista de histórias em quadrinhos (American Splendor). O filme é uma história real e com boas narrativas do Harvey real (com algumas aparições do Harvey no set de filmagem). E tem também a narração de sua esposa, tão "doente" quanto ele (pois é, se até ele conseguiu uma esposa, acho que qualquer um consegue...rsrs). Por ser uma história real, em algumas partes aparecem os "verdadeiros" ao lado dos "atores", que além de tornar o filme bacana, o deixa mais real. E os diretores souberam trabalhar isso muito bem, sem se perder no meio do real e fictício.

Pekar é a princípio um cidadão comum de classe média, com seu emprego e suas decepções amorosas. O que chama a atenção é o modo de encarar a vida, sempre pessimista e com postura de perdedor (não só mental, mas também corporal). Apesar dele mesmo reconhecer que não sabe nem traçar uma linha reta no papel, sua vida acaba sendo um roteiro para os desenhistas. Não só a sua vida, mas todos ao seu redor. E é assim que conhece sua esposa Joyce, uma vendedora de quadrinhos (no filme aparece o casal real em cenas reais).

Achei esse filme bom porque relata a vida de um cidadão rabugento e pessimista de um jeito bem humorado. Será que isso é possível? Assista e tire suas conclusões...
Como curiosidade, algumas músicas da trilha sonora foram escolhidas pelo próprio Harvey Pekar (o real - foto ao lado). Pra quem gosta de Jazz, é um prato cheio.

Ficha Técnica:
Título Original: American Splendor
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 100 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2003
Site Oficial: clique aqui
Direção: Robert Pulcini e Shari Springer Berman
Roteiro: Robert Pulcini e Shari Springer Berman, baseado nas histórias em quadrinhos de Harvey Pekar e Joyce Brabner

Paul Giamatti (Harvey Pekar)
Hope Davis (Joyce Braber)
Judah Friedlancer (Toby Radloff)
James Urbaniak (Robert Crumb)
Shari Springer Berman (Entrevistador)
Larry John Meyers (Dr. Throat)
Vivienne Benesch (Lana)
Earl Billings (Sr. Boats)
Robert Pulcini (Bob)
Daniel Tay (Harvey - jovem)
Ainda não achei o trailer legendado, mas vale ver mesmo assim:

terça-feira, 28 de julho de 2009

O cheiro do ralo

Sinopse tirada da internet:
"Lourenço (Selton Mello) é o dono de uma loja que compra objetos usados. Aos poucos ele desenvolve um jogo com seus clientes, trocando a frieza pelo prazer que sente ao explorá-los, já que sempre estão em sérias dificuldades financeiras. Ao mesmo tempo Lourenço passa a ver as pessoas como se estivessem à venda, identificando-as através de uma característica ou um objeto que lhe é oferecido. Incomodado com o permanente e fedorento cheiro do ralo que existe em sua loja, Lourenço vê seu mundo ruir quando é obrigado a se relacionar com uma das pessoas que julgava controlar. "

Comentário:
Um filme diferente, onde Selton Mello aparece em todas as cenas e usa como cenário praticamente 4 lugares: seu apartamento, a loja, a rua na frente da loja (filmado no bairro da Mooca - SP) e uma lanchonete. Simples não? Pois é, simples e eficiente.
Lourenço é um cara cínico, que tem como trabalho comprar objetos de pessoas que precisam de dinheiro. Mas são as pessoas que vão atrás dele, portanto, ele se passa por um ser humano do bem, onde o mal vai à procura dele. E seu cinismo o torna cada vez mais explorador. Apesar de ser apenas um "dono/balconista" de uma loja de penhores, ele faz uma pose de alto executivo quando vai a uma lanchonete. Apenas pose, pois vendo seu cotidiano fora da lanchonete fica evidente sua vida com muitas neuras, poucos valores, e com quase nada de coerência (fica claro quando oferece R$100,00 por um violino e compra por R$400,00 um olho de vidro que não deve custar nem R$30,00).
Outro dado interessante é a narração do próprio Lourenço, onde faz comentários sobre "o convite indo para a gráfica" (se referindo ao rompimento de seu noivado e as mulheres em geral), o nome impronunciável da garçonete, a história do pai (que depois cai em contradição pois o pai morreu anos antes dele nascer) e também toda sua neura a respeito do cheiro insuportável do ralo, demonstrando aquelas coisas que nós achamos que todos estão reparando e tirando conclusões erradas.
Fica como curiosidade as interpretações de várias pessoas conhecidas, como Chico Sá, Suzana Alves, Alice Braga e Lourenço Mutarelli (aqui ele é o segurança, mas na vida real é o autor do livro que deu origem ao filme). Muitos dos que se passam como "endividados" são pessoas famosos, que tem uma aparição de 2 minutos no máximo, dando uma aparência de cada um ser um curta metragem, pois cada personagem relâmpago tem sua história brevemente contada (na verdade a história é do produto a ser negociado).
Apesar de ser considerado uma comédia, eu não o vejo assim, pois mostra um personagem que aprende a explorar os endividados, vulgariza a mulher e mostra uma mente perturbada. A única comédia que vejo no filme é o jeito muito direto das falas de Lourenço e do roteiro do filme, pois o personagem é ao mesmo tempo cínico, carente, vulgar, sedutor, e nem sempre um bom comerciante. É engraçado ver um explorador de frente ao seu fetiche, pois a garçonete se oferece de graça e ele oferece dinheiro, transformando o amor em vulgaridade.
Um filme diferente, nem todos vão gostar, mas eu recomendo. Principalmente pra ver Selton Mello num papel mais sério, mais doentio.
Ficha Técnica:
Gênero: Comédia
Tempo de Duração: 112 minutos
Ano de Lançamento (Brasil): 2007
Direção:Heitor Dhalia
Roteiro: Marçal Aquino e Heitor Dhalia, baseado em livro de Lourenço Mutarelli

Elenco:
Selton Mello (Lourenço)
Paula Braun (Garçonete)
Flávio Bauraqui (Homem da caixa de música)
Fabiana Guglielmetti (Noiva)
Martha Meola (Secretária)
Suzana Alves (Apresentadora de vídeo de ginástica)
Alice Braga (Garçonete)
Tobias Vai Vai (Caixa da lanchonete)
Mário Shoemberger (Homem do relógio)
Calico (Homem da perna)
Jorge Cerruti (Homem do olho de vidro)
Milhem Cortaz (Encanador)
Hossein Minussi (Encanador)
Álvaro Muniz (Encanador)
Xico Sá (Homem do gênio da garrafa)
Fernando Macario (Entregador de pizza)

Milk, a voz da liberdade

Sinopse tirada da internet:
'Milk - A Voz da Igualdade' é a cinebiografia de Harvey Milk (1930-1978), político norte-americano que assumiu sua homossexualidade publicamente nos anos 70, sendo o primeiro homossexual assumido a ser eleito a um cargo público nos Estados Unidos. No ano seguinte, Milk foi assassinado por um adversário de carreira política desconsolado com a perda nas urnas.
Comentário:
Acho meio besteira escrever que fulano está ótimo no papel, que ciclano tem uma ótima atuação. Evito escrever essas coisas, mas no caso de Milk não tem jeito. Não tem como não falar da atuação de Sean Penn. Excelente, espetacular (ganhou o Oscar merecidamente como melhor ator).

É impressionante a luta que Harvey Bernard Milk teve contra a homofobia. Baseado na história real, o filme mostra como a oposição pode dar forças para seguir seu caminho e cada vez mais conseguir aliados. Como é uma história meio recente, muitos de seus protagonistas ainda estão vivos, e isso deixa ainda mais real o roteiro do filme. A vida política de Milk teve várias derrotas, mas quando conseguiu o cargo público (sendo o primeiro gay assumido a conseguir um cargo), mexeu com toda a classe americana. Uma boa passagem do filme é em um debate, onde Milk e John Briggs ficam cara a cara. Briggs foi o autor da Proposição 6, onde todos os homosssexuais perderiam seu empregos em instituições de ensino. Briggs alegou que as crianças seriam influenciadas pelos professores homossexuais, e Milk deu uma excelente resposta: "Se isso fosse verdade, teríamos muito mais freiras por aí". A proposição 6 é bem trabalhada no filme, e mostra Milk ganhando espaço numa Califórnia ainda homofóbica, mesmo morando no bairro Castro, considerado o local dos homossexuais.
No final do filme, os letreiros falam sobre o que cada pessoa está fazendo nos dias de hoje. Bem interessante.

Elenco:
Sean Penn - Harvey Milk
Emile Hirsch - Cleve Jones
Josh Brolin - Dan White
Diego Luna - Jack Lira
James Franco - Scott Smith
Victor Garber - Mayor George Moscone
Denis O’Hare - Senador John Briggs
Stephen Spinella - Rick Stokes
Eric Stoltz - Tom Ammiano

Direção: Gus Van Sant
Gênero: Drama
Duração: 128 min.
Distribuidora: Universal Pictures

domingo, 26 de julho de 2009

D`Antígona - Pizza de Panela

Com ambiente rústico e aconchegante, a pizzaria D'Antígona serve uma pizza de panela, elaboradas em panelas de ferro. Pedimos uma pizza com cobertura de bacon (mussarela, bacon e champignon) e outra de palmito (palmito coberto com mussarela) muito boa, a massa é bem crocante e fina, mas achei um pouco caro. As pizzas são individuais e custam na média de R$ 17 a R$ 25 cada. Não é uma boa opção para quem está com muita fome ou normalmente come muito. Para acompanhar pedimos um vinho tinto seco Alfredo Rocca Malbec.


Vale a pena experimentar, o cardápio tem pizzas com sabores bem diferentes, como Salmão, Shitake e Hiratake, Javali entre outros. Em relação ao atendimento também gostei, os garçons são atenciosos.
Rua Aspicuelta, 713 - Vila Madalena - São Paulo
www.dantigona.com.br/

sábado, 25 de julho de 2009

Resistência - A História de Uma Mulher que Desafiou Hitler escrito por Agnès Humbert


Segue mais uma dica de livro sobre Segunda Guerra Mundial: Resistência - A história de uma mulher que desafiou Hitler. Na verdade trata-se do diário da francesa, Agnès Humbert, uma historiadora de arte que foi deportada para Alemanha para fazer trabalhos forçados. Ela e muitas outras mulheres foram humilhadas e tratadas em condições sub-humanas, passando fome, frio e sendo obrigadas a trabalhar nas fábricas. Agnès foi uma mulher muito forte para conseguir suportar as crueldades da guerra, foi muito corajosa também, pois no seu diário ela relata com detalhes o sofrimento que passou na época de sua prisão.

É um livro muito bom e interessante, deve ser lido por todos que gostam do assunto Segunda Guerra e querem saber mais sobre os acontecimentos daquela época. Apesar desse assunto já ter sido bem explorado através de livros, documentários e filmes, sempre há algo novo para aprender, enfim como já citei aqui no blog, é um dos meus temas preferidos para leitura.
Sinopse
No verão de 1940, os nazistas invadiram a França e a vida de Agnès Humbert tomou um rumo surpreendente. Inconformada com a dominação nazista, ela e seus companheiros fundaram um dos primeiros grupos da Resistência francesa. Durante quase um ano, eles redigiram, imprimiram e distribuíram o jornal Résistance, além de panfletos e outros textos contra o governo de Vichy. Em 1941, foram traídos por um espião e entregues à Gestapo. Presos, sete dos homens foram condenados à morte e executados por um pelotão de fuzilamento. As mulheres foram deportadas para a Alemanha como trabalhadoras escravas. Em "Resistência", esses eventos são descritos com um imediatismo pulsante, que percorre cada página do diário secreto de Agnès.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Matsuya


O restaurante japonês Matsuya tem 6 filiais em São Paulo, conheço as filiais da Vila Mariana, Chácara Santo Antônio e Moema.
O Matsuya oferece rodízio, o valor depende do dia da semana, mas custa entre R$ 24,90 a R$ 27,90. Conferi o rodízio das unidades da Chácara e Moema, fico com a primeira unidade, os pratos são mais caprichados e o atendimento melhor.
Na unidade da Vila Mariana pedimos um combinado misto para 1 pessoa, vem 18 unidades e custa R$ 22,50.



Para acompanhar pedimos uma porção de guioza, R$ 8,30 com 6 unidades. E para finalizar uma porção de hot holl, R$ 16,50 com 8 unidades. Tudo estava muito bom.



O restaurante Matsuya é uma excente opção para quem gosta de comida japonesa, pois tem preço justo, qualidade e boas opções de prato.
Restaurante Matsuya (Vila Mariana, Chácara Sto Antônio, Aclimação, Moema, Santana e Perdizes).
Tel.: (11) 5589-1108
www.matsuya.com.br

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Filial


Domingão após assistir Jogando no Quintal fomos para Vila Madalena, o bar da vez foi o Filial. Gosto do ambiente boêmio, nem muito claro e nem muito escuro. É um bar com clima despojado, ideal para bater papo, tomar um chope Brahma e beliscar alguma coisa.
O cardápio tem bastante opções, díficil escolher, como eu queria provar algo que nunca comi, optei pela porção de alheira (embutido feito com massa de pão e alho), gostei, mas não achei nada de especial. A porção é servida numa "chapa" pré-aquecida, acompanha vinagrete e fatias de pão francês, serve duas pessoas e custa R$ 15,00.

Enfim o bar é agradavel, tem bom atendimento e não é muito caro. Vale a pena conferir!

Bar Filial
Rua Fidalga, 254 - Vila Madalena - São Paulo
Tel.: (11) 3813-9226

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Jogando no Quintal

Faz algum tempo que queria assistir ao espetáculo de improviso "Jogando no Quintal". Eles fizeram duas únicas apresentações no Sesc Pinheiros e finalmente consegui assisti-los. Se alguém tiver interesse, basta acessar o site do jogando no quintal (clique aqui) e verificar os próximos espetáculos.
Adorei! Achei muito divertido e inteligente. Vale a pena assistir e dar boas risadas. Quem não conhece ou nunca ouviu falar, o Jogando no Quintal é baseado na estrutura de um jogo de futebol, onde os palhaços "atletas" do elenco criam as cenas na hora a partir de temas e palavras sugeridos pelo público. Na hora os palhaços "atletas" criam uma história, ou improvisam uma cena com objetos, entre outras coisas. Enfim, cada rodada é um desafio diferente, e no final de cada prova o público vota no time que fez a melhor improvisação. Além dos "atletas", o espetáculo é controlado por um juíz e orquestrado por uma banda que cria sons e melodias na hora, também de improviso.
O bom do "jogo" é que realmente tudo que acontece é de improviso e de imediato. É impressionante a rapidez de pensamento dos "jogadores". E quem dita o ritmo do jogo, além do juíz, somos nós espectadores. A única coisa que acontece repetidamente é a reação do público: risadas e mais risadas!!!
E como curiosidade, grande parte dos "atletas" faziam ou fazem parte do "Doutores da Alegria" (aquele pessoal que faz a alegria dos doentes nos hospitais), inclusive os fundadores, que no jogo são o Cizar Parker e o João Grandão ( seu nome real é Márcio Ballas, e além de ser o mais engraçado, estudou em escola de palhaços na França e dá aulas sobre interpretação de palhaços).
Achei meio complicado colocar um vídeo porque além de a maioria estar com o áudio ruim, não fica engraçado ver o vídeo fora do contexto. Como é tudo de improviso, tem que estar lá presente, fazendo parte do "jogo". Mas uma coisa eu garanto: Não tem como não dar boas gargalhadas!!!!
Ah, e o sistema de compra dos ingressos é totalmente confiável. No site eles explicam como comprar.
Abraço a todos, e até a próxima

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Owan Cozinha Oriental

A Vera mandou uma dica de restaurante de culinária oriental, segue a resenha:

"Estive hoje num restaurante no Shopping Morumbi chamado OWAN cozinha oriental. É da mesma rede de restaurantes Gendai, combina pratos da culinária japonesa, tailandesa e chinesa. O nome Owan foi inspirado na típica louça utilizada para servir as refeições nas cozinhas da Ásia.
Eles servem um Festival de comida Japonesa, Chinesa e Tailandesa, são comidas picantes, mas para quem gosta como eu é fantástico. O valor do festival é: de segunda a sexta - R$ 32,90 e sábados, domingos e feriados - R$36,90.

Os outros pratos custam em torno de R$ 34,90 e é bem servido. Também gostei do atendimento, são atenciosos e dão várias sugestões. A cada R$ 30,00 gastos fornecem um cartão VIP com selos e validade até 10/10/2009, que ao ser completado com dez selos dará direito a um Festival Owan".


Shopping Morumbi - São Paulo
Tel.: (11) 5182-5082
Av. Roque Petroni Jr., 1089, piso Lazer Shopping Morumbi São Paulo
http://www.owan.com.br/

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Foi apenas um sonho

Sinopse tirada da internet:
"April (Kate Winslet) e Frank Wheeler (Leonardo DiCaprio) são um casal jovem que vive no subúrbio de Connecticut com seus dois filhos na década de 1950. A máscara da auto-segurança esconde a enorme frustração que sentem por não serem completos em seu relacionamento ou na carreira. Determinados a conhecerem a si mesmos, eles decidem se mudar para a França. Mas o relacionamento começa a corroer em um ciclo infinito de brigas, ciúmes e recriminações, e a viagem e seus sonhos correm grandes riscos de acabar."

Comentário:
Quando se atinge o necessário seu grau de motivação pode diminuir, e aí vem o comodismo. Isso acontece na área profissional, pessoal, enfim, em tudo que nos cerca. E foi isso que eu vi no filme. Um chefe de família acomodado com seu emprego, que perdeu aquela ambição que tinha quando era mais jovem, e do outro lado se tem uma dona de casa insatisfeita, que ainda não se acomodou. E aí está o conflito do filme. Não se trata de ambição e traição, e sim de querer alcançar algo mais. Mas o foco do filme não é diretamente a "mesmice pós casamento". O que se vê são as brigas e desentendimento que isso causa, afetando drasticamente um casal que parecia ser ideal, bem ao estilo de vida americano. Não importa os costumes da sociedade, e sim as atitudes das pessoas que vivem nela (isso fica claro nas cenas finais do casal de vizinhos e da corretora do imóvel).

Enredo parecido já foi mostrado (de um jeito diferente) em "Beleza Americana", e agora o mesmo diretor (e marido de Kate Winslet) repete a dose em "Foi apenas um sonho". O nome pode parecer que é um romance ou algo sonhador, mas o que se vê é exatamente o contrário, o fim de um romance e de um sonho.
Para caracterizar uma época antiga (década de 50), os atores abusam do uso de chapéus e cigarro. O cigarro naquela época era sinal de status social. Hoje sabemos que é burrice, mas antigamente era sinônimo de glamour, charme, elegância...E é isso que o filme tenta retratar. Um casal jovem, de classe média e com certa elegância.
Mesmo tendo aqui a dupla do Titanic, não sei como esse filme passou quase que batido pelo cinema brasileiro.
Um excelente filme, onde mostra uma época sem tecnologia, sem celular e Internet, e com vizinhos típicos das décadas passadas(época em que se fazia amizade com vizinhos).
Atuação impecável do casal Kate/Leonardo DiCaprio. Aliás, mais uma vez DiCaprio provou que consegue fazer, e bem, qualquer personagem.
Enfim, mais um filme que eu recomendo.
Elenco:

Leonardo DiCaprio (Frank Wheeler)
Kate Winslet (April Wheeler)
Michael Shannon (John Givings)
Kathy Bates (Helen Givings)
Zoe Kazan (Maureen Grube)
Dylan Baker (Jack Ordway)
Keith Reddin (Ted Bandy)
Max Casella (Ed Small)
Max Baker (Vince Lathrop)
Direção: Sam Mendes
Gênero: Drama
Título original: Revolutionary Road
Duração: 119 min.
Distribuidora: Paramount Pictures

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Onde os fracos não tem vez

Sinopse tirada da internet:

"No oeste do Texas, na década de 80, Llewelyn Moss (Josh Brolin), veterano do Vietnã, aproveita uma venda malfeita de drogas para fugir com US$ 2 milhões. Porém, ele passa a ser perseguido por um violento e implacável assassino (Javier Bardem), que nem mesmo o xerife Bell (Tommy Lee Jones) pode conter."

Comentário:

Quando se trata de contos do velho oeste, tem um ditado que diz: "Entre a verdade e a lenda, fique com a lenda". O homem morre, mas enquanto houver um ser vivo para contar a lenda, ela continuará viva. É mais ou menos assim que tem que encarar o filme "onde os fracos não tem vez".
A história é simples: Josh Brolin (Llewelyn Moss) encontra umas caminhonetes abandonadas com vários corpos baleados e uma mala com muito dinheiro, e por causa disso é perseguido por um matador chamado Anton Chigurh (Javier Bardem). O que faz o filme ser bom? Oras, a lenda que envolve todo o enredo!!! Logo no começo temos o matador mostrando para que serve um cilindro de ar. Depois mostra o caçador de cervos errando seus tiros num Texas calmo e deserto. Em outras palavras, um homem armado sem pontaria X um assassino com um cilindro de ar. A lenda está pronta. E para a história ficar completa, temos o xerife é claro, aqui interpretado pelo ator Tommy Lee Jones. O diferencial é que se trata de um Texas mais atual, e para transportar enredos antigos para a atualidade, é só colocar uns traficantes no meio disso tudo. E é esse o motivo do assassino ir ao encontro do caçador sem pontaria.
Um filme bem simples, sem trilha sonora, sem efeitos milionários e um deserto como paisagem. O que também me chamou a atenção é que temos 3 personagens (xerife, assassino e caçador) que se cruzam poucas vezes, mesmo a história sendo ao redor deles. Talvez esses sejam os méritos dos irmãos Coen, pois nenhum filme ganha sem querer 4 estatuetas.

Um filme meio angustiado, onde o espectador fica no aguardo do "tiroteio final", ou de um desfecho comum, e nada disso acontece. O filme simplesmente passa, e quando você se dá conta, aparece os letreiros anunciando o fim.
Pra quem gosta de filmes sem explosões, com poeira e calmaria como cenário, mas com uma história e atuações de prender a atenção, está aí uma boa dica. Eu recomendo.

Ficha Técnica:

Título Original: No Country for Old Men
Gênero: Drama/suspense
Tempo de Duração: 122 minutos
Direção: Ethan Coen e Joel Coen
Roteiro: Ethan Coen e Joel Coen, baseado em livro de Cormac McCarthy
Lançamento DVD: Mai de 2008
Classificação: 16 anos
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil


Tommy Lee Jones (Ed Tom Bell)
Javier Bardem (Anton Chigurh)
Josh Brolin (Llewelyn Moss)
Woody Harrelson (Carson Wells)
Kelly Macdonald (Carla Jean Moss)
Garrett Dillahunt (Wendell)
Tess Harper (Loretta Bell)
Barry Corbin (Ellis)
Beth Grant (Agnes)
Kit Gwin (Molly)
Rodger Boyce (Xerife de El Paso)
Premiações - Ganhou 4 Oscars, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Javier Bardem) e Melhor Roteiro Adaptado. Foi ainda indicado nas categorias de Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Som e Melhor Edição de Som.

domingo, 12 de julho de 2009

Violência Gratuíta

Sinopse do dvd: "neste provocativo e brutal thriller do diretor Michael Haneke, uma família em férias recebe a visita inesperada de dois jovens profundamente perturbados. Seu descanso tão sonhado transforma-se em pesadelo quando são submetidos a inimaginávies terrores e esforços para manter-se viva."

Comentário:
Um filme doente, perturbado. Uma história doente, perturbada. Personagens doentes, perturbados. E os espectadores...bem, esses podem ser normais...rsrs. Mas depois de ver o filme até os normais ficam perturbados.
Quem viu e gostou (eu gostei) de "laranja mecânica", tem boa chance de gostar desse filme (apesar de Laranja Mecânica ser bem melhor). O nome em português diz tudo: "Violência Gratuita". Eu diria que o resumo do filme é o título em português.
Os jovens Paul e Peter mostram um jogo de crueldade sem fim, sem medo e sem nexo. Além dessa crueldade, uma outra coisa me chamou a atenção: A cena do controle remoto. Achei genial, pois mostra uma saída, um desfecho mais cruel de algo que poderia ser óbvio. Graças a essa cena o diretor pôde mostrar que teria chance fazer um fim comum, mas optou por algo mais cruel, passando a entender de que a vida (dos adolescentes) continuam como antes, sem nada para abalar as mentes doentes desses garotos. Eu citei "laranja mecânica" não por acaso, pois os jovens do filme se mostram pessoas da sociedade e não assassinos comuns. Demonstram ter um certo grau de cultura, que se vestem de acordo com o local, tem assuntos de acordo com a classe social de suas vítimas (que demonstram ter um boa conta corrente).
Bem, eu recomendo porque eu achei genial a forma de como ele foi dirigido. Realmente é um filme pesado, onde é impossível ficar indiferente após assistí-lo. Com certeza você não vai ficar tão de bem com a vida depois de ver um filme que mostra uma grande violência banal, sem dó. Duas mentes atormentadas e cruéis que mexem com o nosso humor. É aquele filme pra gostar ou odiar, sem meio termo.

Elenco:
Tim Roth (George)
Devon Gearhart (Georgie)
Brady Corbet (Peter)

Direção: Michael Haneke
Gênero: Terror
Titulo original: Funny games
Duração: 112 min.
Distribuidora: Califórnia Filmes

sobre meninos e lobos

Sinopse tirada da internet:
"Após a filha de Jimmy Marcus (Sean Penn) ser encontrada morta, Sean Devine (Kevin Bacon), seu amigo de infância, é encarregado de investigar o caso. As investigações de Sean o fazem reencontrar um mundo de violência e dor, que ele acreditava ter deixado para trás, além de colocá-lo em rota de colisão com o próprio Jimmy, que deseja resolver o crime de forma brutal. Há ainda Dave Boyle (Tim Robbins), que guarda um segredo do passado que nem mesmo sua esposa conhece. A caçada ao assassino faz com que o trio tenha que reencontrar fatos marcantes do passado, os quais eles preferiam que ficassem esquecidos para sempre."


Comentário:
Um filme de 2003, mas que merece respeito sempre. Não é o melhor de Clint Eastwood (prefiro "menina de ouro"), mas é dele. Não é o melhor de Sean Penn (prefiro "21 gramas"), mas tem ele. O filme aparentemente sem herói e sem vilão, mesmo tendo um homem mal que faz sua própria justiça e um policial honesto que desvenda um assassinato. O bom disso é que a vítima não uma vítima, e o vilão também não é vilão.
Apesar de ser drama, não tem momentos de choradeira, mas sim vários momentos de prender a atenção, deixando o espectador pensativo. Mostra como um trauma do passado interfere na mente da pessoa sempre. São 3 amigos de infância, onde cada um segue um caminho. Nem sempre o mais bonzinho segue o melhor caminho, ou o mais cruel mantém a crueldade quando adulto. O bom de filmes assim é que podemos ver isso no nosso dia a dia. Pessoas que fazem justiça ao seu modo (não estou me referindo a mesma justiça feita no filme [com mortes], e sim num modo geral), pessoas que escondem traumas do passado e não conseguem se desfazer deles, e assim vai. Quando temos certeza de que as evidências estão certas, podemos nos precipitar e fazer algo que não tem volta, mas a certeza nos faz crer que estamos sempre agindo corretamente. Algumas vezes, alguns minutos (ou horas) podem fazer a diferença.
Uma história forte, verdadeira, com pessoas comuns e sem atos heróicos ou de bandidagem. Apenas uma história com traumas e tragédias. Um filme que não tem o poder de te alegrar ou de te deixar para baixo, e sim apenas para refletir sobre amizade, mentes perturbadas, confiança (aqui entra amigos de infância, marido/mulher, parceiros de profissão,...), perda de familiares,... Como eu já disse, não é o melhor de Clint Eastwood e nem de Sean Penn, mas como sou fã dos 2, eu recomendo.
Ficha Técnica:
Título Original: Mystic River
Gênero: Suspense
Tempo de Duração: 137 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2003
Site Oficial: http://mysticrivermovie.warnerbros.com/
Distribuição: Warner Bros.
Direção: Clint Eastwood
Elenco:
Sean Penn (Jimmy Marcus)
Tim Robbins (Dave Boyle)
Kevin Bacon (Sean Devine)
Laurence Fishburne (sargento Whitey)
Adam Nelson (Nick Savage)
Emmy Rossum (Katie)
Cayden Boyd (Michael)
Robert Wahlberg (Kevin Savage)
Jillian Wheeler (Sara Marcum)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Até Que O Casamento Nos Separe


Ontem assistimos a peça "Até Que O Casamento Nos Separe" no Teatro Folha. Para os interessados é necessário comprar o ingresso com antecedência e corram, pois a peça ficará em cartaz até dia 30 de julho.

Achei a peça muito engraçada, os atores mostram de forma cômica como é a convivência de um casal depois de 20 anos juntos, eles conseguem arrancar muitas gargalhadas do público.

Otávio e Maria Eduarda que completam duas décadas de casamento, contam à plateia o funcionamento de sua vida conjugal com a maior sinceridade. Os contrapontos, altos e baixos e momentos inesquecíveis fazem o público se identificar e rir com o casal.

Ficha Técnica

Direção: Eduardo Martini
Atores: Eduardo Martini e Cris Nicolotti

Serviço

Local: Teatro Folha
Estréia: 24 de junho
Temporada: até 30 de julho
Horários: Quartas e quintas, às 21h
Ingressos: R$ 20,00
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

sábado, 4 de julho de 2009

Restaurante À Mineira


Para quem aprecia comida mineira, recomendo ir ao Restaurante À Mineira, localizado no Jd. Paulista. O ambiente é simpático, tem bom atendimento e muitas opções de pratos e sobremesas.
Chegamos perto do meio-dia, o que foi ótimo, pois ainda estava vazio e conseguimos nos servir com tranquilidade. Logo depois o restaurante encheu e aí era fila para tudo. O restaurante oferece mais de 50 pratos quentes, além de saladas, grelhados e sobremesas. No sistema self-service, paga R$ 24,90 e pode comer à vontade.


Nossa, eu comi um pouco além da conta! Foram 2 pratos quentes, o primeiro servi: arroz, feijão tropeiro, linguiça, couve, farofa amarela, pastéis de queijo e torresminho. E o segundo: arroz, escondidinho de carne seca, purê de abóbora, queijo de minas grelhado e mais algumas coisinhas. Depois, apesar de satisfeita, não resisti ao buffet de sobremesas, tudo muito bom!
Foi difícil trabalhar o resto da tarde, ainda mais tratando-se de uma sexta-feira. hehe Vale muito a pena, principalmente para quem come bastante.

Restaurante À Mineira

Al. Joaquim Eugênio de Lima, 697 - Jd. Paulista
http://www.restauranteamineira.com.br/

A Ilha escrito por Victoria Hislop


Acabei de ler “A Ilha”, adorei! Um romance intenso e emocionante. Uma leitura que nos faz refletir sobre algumas “tragédias” que acontecem na vida, como doenças, traição, morte, entre outras, e que precisamos ser fortes para enfrentar, onde o amor e a vida continuam mesmo diante dessas circunstâncias. A personagem principal do livro é um exemplo de coragem e força, ela conseguiu superar todos os obstáculos que surgiram.
O livro conta a história da família Petrakis que viveu em Plaka, um vilarejo de Creta na Grécia e que foi abatida pela lepra. A escritora detalha muito bem sobre a lepra, o sofrimento e o preconceito dos doentes, sobre alguns costumes dos gregos e os locais onde a história é passada, despertando uma curiosidade em visitar a Grécia, principalmente a ilha de Spinalonga. Depois de ler este livro, busquei algumas fotos da ilha e é fascinante. Spinalonga realmente abrigou uma colônia de leprosos no século XX.

SINOPSE: Alexis Fieldings está determinada a descobrir o passado da sua mãe, Sofia. Mas Sofia nunca comentou sobre ele, apenas contou que cresceu numa pequena aldeia em Creta antes de se mudar para Londres. Quando Alexis decide visitar Creta, sua mãe lhe entrega uma carta e pede para procurar uma velha amiga e promete que através dela, Alexis vai descobrir seu passado. Quando chega a Creta, Alexis conhece a ilha Spinalonga e descobre que antigamente esta ilha foi uma colônia de leprosos. Após encontrar Fotini, ela finalmente ouve a história que Sofia escondeu toda a vida: a história da sua bisavó Eleni, das suas filhas e de uma família que foi assombrada pela lepra.